sábado, 11 de setembro de 2010

Porque não?

Porque eu não tenho escrito posts falando sobre as minhas primeiras impressões da paternidade?

Simples, eu não sei teclar com uma mão só (na outra está Cecília);
Simples, eu estou tentando dormir (quando ela dorme);
Simples, eu estou lerdo demais por não ter dormido.

Ter um filho, e mais do que isso, ser novo nisso. É tudo aquilo que vc ouviu. inclusive aqueles clichês de padecer no paraíso e tal.
Ser pai é cansativo, complicado, assustador e maravilhoso.
Tanto, que se eu ceder a tentação de contar casos do meu bebê, provavelmente o blog vai mudar totalmente de foco. Isso, claro, contando com que algum dia ele teve algum tipo de foco.

Contudo, o caso não é esse. O fato é que eu comecei esse post no intuito de dizer, que por extrema falta de vergonha na cara e de comprometimento com vcs, eu ia dar um tempo do blog. Dispensando, por conseguinte, vcs para usarem seus tempos de uma forma mais racional do que me seguindo, ou mesmo vindo por aqui de vez em quando.

Acontece que, como numa novela de Agnaldo Silva, antes de começar o post, eu resolvo dar uma olhada nos seguidores e vejo que já estão em 53. Isso sem contar que essa semana eu recebí uns nacos significativos de comentários. E pior, de posts antiquíssimos. Não sei vocês, mas eu considero comentários bolinações gostosas e fico pensando se realmente eu não consigo um tempo pra um carinho doce no meu saquinho peludo em meio a esse turbilhão.

Claro que eu estou com um bebê de 40 dias que chora;
Claro que eu estou prestes a abrir o maior projeto de dominação mundial jamais tentado e que claro está com atraso nas obras;
Claro que eu tenho uma esposa, família, casa e um carro com problemas de vasamento de óleo.

Mas o que é tudo isso diante de um comentário de uma pessoa que eu nunca ví, ou de um seguidor novo?

Assim, vou adiar a assinatura da carta de alforria de vocês, meus escravos, e vou tentar mais uma vez fazer com que vcs não me abandonem como eu vos abandonei.

Sem mais por agora, subscrevo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A maior novidade da minha vida

E sem conseguir dizer o que eu preciso dizer.
Não tive dúvidas em pedir ajuda .


O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar nuvem
Porque muda de formato a cada instante
Poderia se chamar tempo
Porque parece um filme a que nunca assisti antes

Poderia se chamar la-bi-rin-to
Porque sinto que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar a u r or a
Pois vejo um novo dia que está por vir

Poderia se chamar abismo
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar horizonte
Que parece linha reta mas sei que não é assim

O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado

Poderia se chamar universo
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer: aventureiro

Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo

Não deveria se chamar amor
Paulinho Moska





Sem mais, subscrevo.