sexta-feira, 18 de março de 2011

O que não faz um comentário

Hoje eu recebí um comentário. (na verdade não é mais hoje, mas há vários dias atrás)

Um comentário neste blog, tão abandonado, está pra mim como um crédito de R$ 1000.
Eu já ví, sei que existe, sei que um monte de gente recebe um monte todo dia, mas eu mesmo...

O comentário falava do post Eu, o hippie e os rótulos, que eu fiz nos idos de 2010, quando ainda escrevia por aqui. Como era de se esperar, eu corrí lá pra dar uma olhadinha no que a louca do comentário achou legal.

Puta merda que texto. Fiquei um tempo pensando se tinha sido eu mesmo o construtor, mas cheguei a conclusão que sim quando me ví pensando as mesmas coisas hoje.

O que poderia me deixar orgulhoso na verdade me deixou inquieto. Será que eu fiquei burro, idiotizado de alguma forma? Eu hoje não consigo nem imaginar escrevendo uma coisa tão prática e tão rica de idéias.

A vida transforma a gente tão rápidamente que é impressionante, como o ato de se olhar no espelho, de vez em quando, mostra imagens que não são nossas, ou pelo menos não planejadamente nossas.

Aí eu lí Bono essa semana e ví que o cara tá tão bom quanto. Talvez melhor e eu penso. Porra eu tô uma merda mesmo, mas enfim.

Já tentei retomar este, que um dia foi um aglomerado de coisas cheirosas e bolinativas, mas não deu. As coisas tão muito corridas deste lado do mar.

Mas não pensem vcs que eu vou seguir o caminho natural dos blogueiros, nerds e companhia. Eu não vou montar uma página pra ganhar dinheiro, (até porque eu não teria talento mesmo) nem vou trocar o blog por novos gadgets tecnológicos tipo twitter, face etc. que inclusive eu não gostei de nenhum.

Pode ser coisa de gente chata, mas eu acho o blog um troço meio poético. Você escreve sem ter certeza de que alguém vai perceber, mas mesmo assim dá o melhor de você e um dia, depois de morto, alguém olha e diz: - Legal. E pronto, do limbo, sua voz consegue dizer. Valeu.

Sem mais, subscrevo.