domingo, 30 de maio de 2010

Vcs

Vcs não têm a mínima idéia a falta que eu tava sentindo de moderar comentário.

Vcs começam a comentar meus posts e a felicidade vem junto.

Vcs são foda.

sábado, 29 de maio de 2010

Dura realidade

Quanto menos eu escrevo, mais ganho seguidores.

Acho que as pessoas adoram me seguir por que sabem que eu não incomodo elas.

Meio louco, mas deve ser isso. Só tem essa explicação.

Sejam bem vindos os novos.

Eu a puta

Um dia eu ouví de um poeta fantástisco chamado Antonio de Aruanda uma frase:

"Entre as pernas de uma mulher todo o homem é uma puta"

Sempre acreditei ser uma puta, nessas circunstância, uma coisa ótima. Com o tempo, essa frase foi se modificando na minha cabeça e eu comecei a impelí-la contra mim toda vez em que eu permitia que decidissem alguma coisa por mim. Não que isso tenha alguma coisa a ver com a frase, mas eu sou doente, fazer o que?

Toda vez que eu pensava:
"Eu não deveria ter feito isso. Fiz pra não acabar brigando com alguém. Vinha o pensamento: Eu sou uma puta".
"Eu não deveria ter comprado isso, fiz pra poder parecer mais legal. Eu sou uma puta".
e milhares de etcs.

Há uns 3 meses atrás, deixei de fazer aquilo que eu gosto de fazer.
Abandonei minhas produções e festas, pra administrar um caralho, numa cidade a 100 km de Salvador, por dinheiro.
Eu gostaria de dizer, que foi por acreditar, num novo mundo pra educação do país. Porra nenhuma. Me compraram. Disseram: -Eu te pago tanto e eu fui.
Claro que ninguém trai seu próprio caminho por dinheiro e sai por aí assoviando. As coisas não tendem a dar certo assim.
Metade do dinheiro e dos benefícios que me prometeram foram pro saco, por causa de um corte orçamentário de última hora, e eu, a puta, tive que fazer anal pelo mesmo preço do programa básico.
Eu me vendí por dinheiro e me odiei por isso. Não sei se vcs perceberam que eu tenho escrito pouco, mas foi basicamente por isso.

Eu não tinha nascido pra isso.

Eu tenho espírito empreendedor, de artista. Eu quero criar, inventar modificar as coisas ao meu redor e não ficar sentado numa merda de cadeira controlando a quantidade de letras que as pessoas digitam por dia.

Semana passada eu acordei e pensei:
"Quando Tony pensou no homem como uma puta não foi desse jeito. Eu tenho que voltar a ser uma puta poética e não uma vendedora de corpo que não beija nem goza".

Toquei o foda-se e larguei tudo. O que vem pela frente é uma total incógnita, mas eu estou feliz de novo. Me sinto vivo e não poderia deixar de compartilhar isso com vcs.

Antes porém, eu gostaria de dizer que não tenho nada contra quem vende o corpo em troca de dinheiro. Desde que a pessoa goze e goste do que faz. Eu admiro.

Inclusive é isso que eu pretendo fazer daqui pra frente. Trabalhar, gozar e ser feliz.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Que venha o São João

Na Bahia só existem duas estações: O Verão e o São João.
No verão não chove.
No São João chove. Essa é a diferença.

Já passamos pelo verão. Logo, estamos na época da chuva.

Eu gosto desta época, ela é basicamente etílica e eu gosto de momentos etílicos.
O mal do São João, porém, são as propagandas que começam por agora.

Não sei porque eles insistem em colocar na tv gente fantasiada de pseudo caipiras falando "anarriê". Anarriê é meu pau. Coisa chata.

Eu acho um saco essas tentativas mal feitas de revitalização das tradições juninas. O São João bacana que nós mais velhos conhecemos acabou. Aquela tradição de ir de porta em porta pedindo licor, de se fantasiar de caipira e ir de porta em porta pedindo licor, de soltar fogos, se queimar e depois ir de porta em porta pedindo licor já era.

Do ponto de vista das roupas, as pessoas se vestem como se fossem pra Barretos não pro interior da Bahia.
Do ponto de vista etílico, se bebe cerveja e não licor.
Do ponto de vista cultural, as festas mais badaladas têm que ter Eva e Timbalada, Chiclete, ou Asa de Águia.
Do ponto de vista da comidas, as pessoas preferem pizza do que bolo de milho.

Tá tudo fudido.

Por que merda então, os comerciais acham que vão mudar essa bosta, com um cara vestido de camisa xadrez, com um chapéu de palha o dente sujo e dizendo anarriê?

Caralho.

Não sei como consertar isso, mas tenho certeza que não estamos fazendo a coisa certa agora.

Sem mais
Subscrevo.

domingo, 9 de maio de 2010

E o dia das mães hein?

Pra começar, eu nem acredito que tô escrevendo esse post justamente no dia das mães.
Meus posts sempre são atrasados, demorados e tal.
O que me conforta, é que quem tinha de desejar alguma coisa, até uma hora dessas já o fez.
Só sobrando eu pois, continuo sendo esse ser que nada acrescenta a ninguém.

- Bom dia rebanhe de mãe.

Comecei assim o dia.

Minha mãe achou estranho, mas acho que gostou.

Partimos então, eu e meu sobrinho, pra acordar Cabeça. Ele com uma rosa e eu com um presente prateado e o coração apertado de tanto amor.

- Acorda sacana, feliz dia das mães. Isso é hora de dormir?
E meu sobrinho:
- É acorda...

Ela, como minha mãe, achou estranho, mas acho que gostou também.

Hoje é o primeiro dia das mães dela. E o meu como pai.
Nem que eu fizesse um post de 1.000.000 de parágrafos, ia conseguir descrever isso. Ela saiu cedinho, foi tomar café da manhã com a mãe dela. Provavelmente só vai ver esse post amanhã.

Não tem problema, o importante é registrar que eu sou uma pessoa melhor hoje por causa dela e de Cecília e que eu amo as duas de uma forma tão fodamente grande, que com certeza posso falar que é grande pra caralho. E que o primeiro é só um número na quantidade de dia das mães que eu quero acordar ela com piadinhas sem graça.

Quero também desejar a todas as mães que passam por aqui, um pouco mais de juízo.
Desejo que vcs procurem alguma coisa mais útil pra fazer na vida de vcs e percebam que eu não sou educativo. Em todo caso, se mesmo depois dos avisos, vcs quiserem continuar perdendo momentos neuronais, ou neurais importantes com esse espaço, paciência e obrigado.

Desejo também coisas cheirosas, macias e bolinativas especialmente para:

Minha mãe (eu também achei estranho desejar coisas bolinativas pra minha mãe, mas é a pegada do blog, fazer o que?);
A Cabeça, a fodástica mãe do ano;
A minha madrinha de casamento, que eu descobrí hoje que lê meu blog (coitada). Perdoe meus erros de português e condordância (ela uma professora de português do caralho).
A mãe de Jorge, Dona Zézeu que também vem por aqui (no blog). Coisas bolinativas sim pra vc;
E as mães que seguem este importante espaço da literatura moderna.

A todas vcs um cheiro e é isso.

Sem mais,
Subscrevo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Só se vê na Bahiaaa, só se vê na Bahiaaa

Ah o ferry.


Quem é de Salvador já passou por lá.

Pelo menos quem gosta de praias paradisíacamente cheias, cerveja barata, mulheres mais ou menos porém dispostas e toda sorte de diversão de classe média a baixa.

Eu já estive. E aliás, assim que o São João passar, tô por lá de novo.

Destino obrigatório de muitos (mas muitos mesmo) nos Reveillons, e feriadões prolongados do verão, a Ilha é massa. O problema é ir pra lá. Mesmo tão perto aos olhos, pra chegar no piscinão, ou o indivíduo pega cerca de 250 km de BRs, ou vai pelo Ferry Boat.

Eu não vou aqui começar a falar mal da Balsa, como era chamado antigamente, afinal, ele é igual à única puta daquela cidadezinha isolada. Todo mundo fala mal, ela fica menstruada, pega gonorréia, tá baranga, mas é a única opção e todo mundo acaba usando.

Há alguns anos, o Ferry Boat é administrado pela TWB. Um conglomerado expansivo dominador (saca aquelas empresas de novela que ninguém sabe o que faz, mas são putamente foda pra justificar a riqueza do personagem prinicipal? Então) com um imenso know row nas administrações de portos pelo universo.

A empresa é foda. Colocou um barcão novo com o nome da mamãe mais gostosa do mundo depois de Cabeça, botou umas telas de LCD com umas propagandas, deu uma geral nos balcão e implantou o SIBE.

Pra quem não sabe, assim como eu, SIBE se significa Sistema Integrado de Bilhetagem eletrônica, ou Sistema inteligente de Bandodefiladaputa Enrolado você decide.

O sistema é muito simples. Vc se cadastra pelo site, faz uma compra antecipada, recebe o cartão em casa e com duas horas de antecedência marca sua hora marcada pra não pega fila.

Ó.

Foda né não?

Só que os caras aqui não tão administrando o porto de Santos. Tão administrando (a casa de mãe chica) o porto de Salvador. Logo, é necessário atentar para as tradições da terra e pra não quebra a do Ferry em ser um empata foda, um pneu furado, um celular na caixa, uma dor de cabeça, uma broxada, um varicocelis, uma ereção em praia de nudismo, uma dedada no carnaval atrás do chiclete, um café frio, um carvão molhado, uma pizza mole e uma coca cola sem gás, eles resolveram inovar.

Começaram pois,

O cadastro:
Site travando. Uma navegação nérdica e por fim, um boleto que não imprimia de jeito nennhum. Fomos lá.
Apenas para informar que o boleto não imprimia e pra minha surpresa:

- Oi bom dia, é que eu solicitei um cartão sibe e...
- É o boleto?
- Hã?
- É o boleto que não imprime?
- É
- Nome e cpf
- Pra que?
- Pra imprimir pra vc. Ninguém consegue imprimir isso em casa.
- Há..................

A escolha:
Vc escolhe se quer recolher o cartão nos guichês de compra de passagem com uma semana, ou com quize dias em casa.
Escolhemos em casa. Não chegou.
Fomos lá.
- Oi bom dia, é que eu fiz um cartão sibe e...
- É o cartão?
- Hã?
- É o cartão?
- É
- Você pediu pra aqui, ou pra casa?
- Casa
- Nome e cpf
- Pra que?
- Pra eu buscar.
- Mas eu pedí em casa. eu só queria avisar que não chegou.
- Nunca chega.
- Há..................
- Aqui também não tá
- E....
- Espera
- Há..................

Passa um mês:
- (segue a mesma conversa anterior) + Liga pra lá pra cobrar se não não chega.

Passa um mês e meio:
- (segue a mesma conversa anterior) + Já liguei pra Nildete e ela disse que estava aí;

- Encontrei, o Sr. assina aqui e aqui. Tome, tem que desbloquear, se lembra da senha?
- Lembro;
- É composta de 2 letras e 4 números;
- Minha senha não é assim;
- Mas no sistema é assim;
- Tá manda uma senha nova pra mim por meu e-mail então.

Recebo a senha:
xxx123xxx (formato da senha que eu pensava que era)
Fila da puta...

Enfim, os sacanas criam um troço bacana, simples e eficiente, mas parece que adaptado ao jeito passivo do baiano.
Algo como:

- Vamo dar a opção de receber em casa, mas não precisa ter esse custo. Eles acabam vindo aqui.
- Pra que consertar esse bug do boleto rapaz? Eles acabam vindo aqui.

Isso, fora o não receber cartão de crédito por um tempo e depois só trabalhar com master

Fora parar os ferrys extras quando dá meia noite, mesmo com a fila lá em Ilhéus.

Simplesmente não dá pra entender. Eu de cá, faço minha parte criando problema lá e divulgando por aqui.

Pelo menos 42 pessoas eu sei (ou acredito) que vão ler.

Sem mais,
Subscrevo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Surpresa

Vocês prometem que não vão morrer do coração se eu escrever dois dias seguidos?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Fantasia

Não. ninguém aqui tá fantasiado de nada. Isso não é um post sexual onde eu estou fantasiado de bombeiro com a mangueira na mão.

A fantasia em questão é outra.

Ontem eu tinha 2 opções pra fazer meu sobrinho feliz. Ou levava ele pro Barradão pra ver o vitória ser campeão de novo, ou levava o pequeno varão do clã dos Araújo para a Parada Disney.

Optei (optaram por mim na verdade) pela parada.

Devidamente informado da decisão pois, o sacaninha começou pontualmente as 5:00 h da manhã a entoar a ladainha " - umbora meu dindo ver a parada Disney" .

Em calculos rápidos, se saimos 8:00 h e ficamos no final do percurso, há 15min do início (10:30 h) do desfile: Entre 5:00 h e 10:45 h, devo ter ouvido por volta de 427 vezes a singela frase.

Salvador é uma cidade muito carente de eventos sem trio elétrico.
Foi assim com a corrida Renault no comércio, onde os organizadores previram 70.000 pessoas e deu 1.000.000.
Foi assim com a Stock Sar.
Foi assim com a Parada Disney.

Milhares de pessoas superlotaram tudo por onde passou, ou por onde se passava, pra chegar ao local do desfile.
Cheguei no estacionamento do centro de conveções 9:00 e já estacionei no último lance. Logo eu, que acreditava ser o tal estacionamento, uma espécie de portal polidimensional, onde os carros entram e são transportados pra uma galáxia distante, haja visto que nunca enche. Nem se for a formatura de todos os cursos da UFBA ao mesmo tempo aquilo enche. Ou enchia até ontem.

Pra sair levamos 1:30 parados na porta do centro. Provavelmenete avisaram que o portal logo fecharia e quem não saísse de lá, poderia ter que esperar o próximo eclipse total do sol pra reaver seu veículo.

Salvador, como eu falei, é carente de eventos sem trio. Não que se tivesse trio daria menos gente, mas eu por exemplo não iría e acho que boa parte das pessoas que estavam alí também não. Foi uma festa infantil mesmo. Com distribuições de chapéuzinhos e tudo mais. Uma puta de uma produção e um clima bem legal.

Tudo ótimo se não fossem dois problemas.
Um Salvador não tá preparado pra nenhum tipo de evento grande;
Dois Cruela assustou meu sobrinho.

O primeiro problema é notório, qualquer festa grande por aqui, tende a virar dor de cabeça. Não se consegue chegar, não se consegue sair.
Pra fazer um, ou outro, tem que se optar por chegar estupidamente cedo, ficar até parte do povo sair, ou os dois, podendo ainda se fuder pra chegar em casa.
Pior, o empreendedorismo do povo soteropolitano falohou e não se encontrava bar por perto. Um absurdo sem tamanho. Esperar parado tudo bem, mas sem cerveja em pleno domingo é inadmissível. Onde vamos parar desse jeito?

O segundo problema, foi o mote desse post todo o resto foi enrolação (sorry). Meu sobrinho, que estava há coisa de 30 minutos massageando meus ombros com seus 40 e tantos quilos, de repente pediu pra descer correndo.
Desce dindo, desce e eu alheio ao motivo desesperado, até que ví a ala dos bruxos.
Sobre uma espécie de pula pula os bruxos tão bem maquiados e vestidos pareciam voar protegendo o carro de Cruela.
Pra fazer o pequeno assustado voltar assistir o desfile, tive que apontar o rosto dele pra rua e provar que o Buzz Lightyear estava vindo logo atrás, ou foi o ursinho pool? Não me lembro.


Se o mal não assusta, o bem não causa encantamento.
É uma condição natural da fantasia e isso tornou a coisa toda um ta
nto maior.
Dá uma impressão boa.
Uma impressão de que o mundo ainda não tá todo fudido.


Existem crianças que acreditam mesmo em fadas e em bruxas, assim como eu acredito num patrão que me pague o que eu mereça. É bom saber que a fantasia ainda existe e que minha filha não está vindo prum mundo onde todo tipo de referência fantástica infantil gira em torno do nx zero.

Enfim, foi cansativo, mas valeu a pena.

Sem mais, subscrevo.