quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Macho Alfa

O Conceito de Macho Alfa no Wick é esse: clique aqui , também é legal, mas o meu é mais prático:

O Macho Alfa é o que está por cima.

E aqui pra nós meus caros...

Quem tá por cima é que mete.

Lembrem-se sempre dessa frase. Vou até colocar de novo aqui para firmá-la nos seus sub-conscientes: Quem está por cima é que mete. Decoraram? Pronto.

Isto posto, fica a dica, seja mulher homem ou ornintorrinco quem tá por cima define a hora e isso é tudo na vida.

O Macho Alfa doravante denominado M.A., ou simplesmente MA, moderno é aquele cara pra quem todo mundo liga quando tá precisando de alguma coisa. Beber, fuder, sambar não interessa. No meu caso: Se divertir.

Eu já fui MA de vários nichos diferentes em Salvador e foi muito legal. Eu coordenava ingresso de eventos de MPB, de Axé e depois de boate, várias pessoas me ligavam e me tratavam como o último negão da Dadá. Eu não sei vcs, mas eu adoro ser tratado como o último negão da Dadá.

Há Pablo, mas esse povo só lhe trata assim pelo que vc pode oferecer, quando vc tá na merda ninguém te apoia. Eu Sei. E sei na pele, porque depois disso eu fui trabalhar num emprego formal (não sei onde eu estava com a cabeça) e meu telefone simplesmente parou de tocar. Era como se eu não existisse, como se eu tivesse morrido. Ninguém me ligava, as visitas no blog foram pro saco, eu não precisava mais esvaziar minha cacha de e-mail e por aí vai. Conclusão: Eu não nasci pra isso.

Voltar para o mundo bizz da Solterópolis era uma opção, mas eu sentía como se aquilo tivesse sido um passo dado. Não cabia mais voltar atrás. Daí surgiu algumas idéias:

1 - Vender tudo e comprar um barco de pesca;
2 - Jogar tudo pra cima, ir morar em Itacaré e viver o resto dos dias surfando e fumando maconha;
3 - Ir pra Nazaré montar um bar.

Apesar da total exequibilidade de todas as opções, confesso que fiquei em dúvida entre duas, mas eu respeito muito o mar pra ir pescar, então resolvemos vir pra Nazaré e tentar novamente ser o MA de algum nicho.

Por aqui as coisas são diferentes, mas tão legais quanto.
A titularidade de MA daqui se confunde com a do próprio bar e já que em Nazaré eu já tinha amigos, o processo ficou logo claro, sem milindres.
Quando o restaurante tem o melhor atrativo a galera vem. Quando não tem não vem.
É simples e honesto, ninguém me trata diferente do que sempre me tratou, ninguém me dá presentes, ou troca favores, ingressos, ou o que quer que seja. Em compensação, aparece quando o movimento tá fraco pra tomar uma cerveja comigo no balcão. Não sei pra vcs, mas pra mim isso é ser o último negão da Dadá.

Eu aprendí a brincar aqui de o MA da semana. Tem semana que ninguém faz nada na cidade porque sabe que minha programação vai brocar. Tem outras que eu não me atrevo a investir porque eu sei que o MA do sábado não vou ser eu/O Riviera, daí eu abaixo a cabeça e sigo a matilha.

Um dia, numa dessas pavorosas entrevistas de emprego com dinâmica de grupo, o entrevistador me perguntou:
- Onde você quer estar daqui há dez anos?
E eu respondí:
- Na briga;
- Como?
- Na briga, abrindo um novo negócio, sendo promovido a alguma coisa,vendendo tudo e virando hippie sei lá, eu só não quero estar parado sentado numa cadeira bacana me achando confortável.

Não sei o que ele entendeu, mas como era um cargo para uma cadeira bacana, eu não seguí no processo. Me arrependo até hoje de ter dito aquilo. Deveria ter dito:

- Eu só não quero estar de terno enchendo os culhões das pessoas me dizendo entrevistador. Depois sair da sala mandando todo mundo acordar pra vida e mandar aquele fila da puta se fuder.

Uma coisa hoje é clara pra mim. Aqui não é melhor do que Salvador. Nem pior. Ser MA aqui não é melhor do que ser em Salvador. Nem pior, não mesmo. Só é diferente.

E pra mim a diferença que realmente conta é que aqui eu sinto que estou onde devia estar:

Na briga.

Sem mais, subscrevo