Hoje eu recebí um comentário. (na verdade não é mais hoje, mas há vários dias atrás)
Um comentário neste blog, tão abandonado, está pra mim como um crédito de R$ 1000.
Eu já ví, sei que existe, sei que um monte de gente recebe um monte todo dia, mas eu mesmo...
O comentário falava do post Eu, o hippie e os rótulos, que eu fiz nos idos de 2010, quando ainda escrevia por aqui. Como era de se esperar, eu corrí lá pra dar uma olhadinha no que a louca do comentário achou legal.
Puta merda que texto. Fiquei um tempo pensando se tinha sido eu mesmo o construtor, mas cheguei a conclusão que sim quando me ví pensando as mesmas coisas hoje.
O que poderia me deixar orgulhoso na verdade me deixou inquieto. Será que eu fiquei burro, idiotizado de alguma forma? Eu hoje não consigo nem imaginar escrevendo uma coisa tão prática e tão rica de idéias.
A vida transforma a gente tão rápidamente que é impressionante, como o ato de se olhar no espelho, de vez em quando, mostra imagens que não são nossas, ou pelo menos não planejadamente nossas.
Aí eu lí Bono essa semana e ví que o cara tá tão bom quanto. Talvez melhor e eu penso. Porra eu tô uma merda mesmo, mas enfim.
Já tentei retomar este, que um dia foi um aglomerado de coisas cheirosas e bolinativas, mas não deu. As coisas tão muito corridas deste lado do mar.
Mas não pensem vcs que eu vou seguir o caminho natural dos blogueiros, nerds e companhia. Eu não vou montar uma página pra ganhar dinheiro, (até porque eu não teria talento mesmo) nem vou trocar o blog por novos gadgets tecnológicos tipo twitter, face etc. que inclusive eu não gostei de nenhum.
Pode ser coisa de gente chata, mas eu acho o blog um troço meio poético. Você escreve sem ter certeza de que alguém vai perceber, mas mesmo assim dá o melhor de você e um dia, depois de morto, alguém olha e diz: - Legal. E pronto, do limbo, sua voz consegue dizer. Valeu.
Sem mais, subscrevo.
2 comentários:
Penso que a grande diferença é estar do outro lado do mar, mas ainda manter alguns "hábitos" do lado de cá ! Entende ? O que me impressiona com quem volta para Nazaré é como as pessoas aos poucos se acomodam para certas coisas, principalmente ondas cerebrais(ainda não acho que seja seu caso ) ......Já me perguntei pq: Se é efeito da vida louca que se leva aqui, e quando se volta, relaxa........ mas, ainda acho que deve ser alguma coisa na água...
Por que escolheu Nazare em vez de Itacare?
Postar um comentário