terça-feira, 15 de junho de 2010

E por falar em copa...

Provavelmente Nunca.
Nunca mais.
Nunca mesmo, a Córeia e o Japão dividirão as honras de uma copa do mundo. Logo, bem provável, nunca mais haverá uma copa tão boa quanto a de 2002.
Talvez a do Brasil, mas isso vai estar diretamente ligado ao título, caso contrário. Desastre.

2002 foi a minha copa do mundo.


Jogos 6:00 h, jogos 3:30 da manhã.
Em ambos os casos, só haviam 2 maneiras de se manter na pegada etílica assassina da copa do mundo:
Ou vc acordava de manhã cedo pra beber, ou se mantinha bêbado durante toda a noite anterior (esse apenas para os bons) pra poder começar o jogo calibrado,

Esse post inclusive, é pra que quando o meu cérebro comece a demonstrar os traços do desastre que causo a ele com quantidades excessivas de substâncias psicotrópicas, eu possa recorrer a esse documento e resgatar alguma coisa lá por baixo dos restos mortais de meus neurônios.

Lembro hoje de um caso legal: Fomos assistir um dos jogos do Brasil na casa de um anfitrião Fantástico. O lendário Sr. Uriel Santiago em Nazaré. Um lorde. Ele é uma espécie de conselheiro senior da cidade. Nunca assumiu um cargo eletivo, mas tudo que acontece na cidade de uma forma ou de outra passa pelas mãos dele (algumas mães também), mas isso é uma outra história.

Assistir aos jogos da seleção na casa do velho Uriel é sempre um prazer. Afinal, como falei antes, ele é um excelente anfitrião e sempre rola um belisco, uma bebidinha e tal.

O jogo em questão, se me recordo bem, foi o de abertura, Brasil 2 X Turquia 1, 6:00h.
Chegamos por volta das 5:40 hs. e um café da manhã digno de hotel 7 estrelas nos esperava.

150 tipos de bolo, 21 tipos de queijo, Presunto de Parma Pata Negra, 14 tipos de suco e 80 géleias diferentes, entre elas a famosa geléia de cariosmã, fruto da lendária árvore cariosmãeira da Ásia central. Essa árvore, extinta há séculos, cresceu e deu apenas dois frutos. Um comido por Alexandre o Grande e o outro transformado em geléia a 4 mãos pelas própias dona Roxana e dona Estatira suas esposas. O pote que seria um presente a Heféstion, com quem ele tinha um babadinho, já estava pelo meio, mas realmente estava uma delícia. Cabeça adorou.

Voltando ao conto, chegamos e o café da manhã cinematográfico lá.
No peito um misto daquela paixão nacionalista idiota e de uma dúvida: Será que cometeremos a heresia suprema de não beber num jogo de copa do mundo?

Sentados e perfilados estávamos, esperando o apito inicial, quando do fundo da cozinha ouví um psiu tão discreto quanto possível.
Era Jaqueline, vulga Gorda de Dr. Edivaldo (outra figura mítica nazarena) que das profudezas da cozinha me mostrava uma skol branca de neve.
Pulei por sobre os mais próximos, driblei a marcação dos que estavam a meio caminho e rapidamente ao olhar pra trás ví uma pequena multidão de homens sedentos no meu encalço. Sem pestanejar enchí meu copo e corrí pro gol. Nisso ví o pobre Uriel que olhava a distância e dizia:
- Eu não oferecí porque não imaginei que vcs iam querer beber de manhã cedo (pobre homem).
Então, sob o olhar tristonho de nosso anfitrião, mas ciente de sua anuência, partí novamente pro ataque e daí pra embriaguez as 8:00h da matina foi um pulo.

Ô copa boa.

Sem mais, subscrevo

3 comentários:

Daniele disse...

Torcer pelo Hexa, apesar de não muito confiante, brasileiro gosta de sofrer...a vitória suada tem um sabor melhor...

Anônimo disse...

Ah é verdade! ADOORRROOO GELÉIAS!!!! kkkkkkkkkk

Paty Michele disse...

Aff... só assisti a final. Dormiiiiiiiiia.