(comecei a escrever esse post domingo e nem sei se ele tem mais importância. Tava lá, escrevendo, bonitinho, quando o jóvem e devasso homem isopor me chamou pra beber. Bebí, dormí, depois veio a segunda e enfim, saiu agora. Se quiserem, podem opotar por deixar pra ver no domingo que vem. Domingos são todos iguais.)
Se lembra daquela musiquinha do Só Pra Contrariar? Aquela de Alexandre Pires, que comeu uma das Sheilas e chorou quando cantou pro Bush?
Pois é, hoje acordei cêdo e sem ressaca. Logo, nada mais deprimente pra vir a cabeça num domingo sem ressaca do que a musiquinha do Alexandre. A pequena modinha era sobre alguma coisa sofrida, que os cantores de pagode romântico adoram. E não existe coisa mais sofrida no domingo do que a programação da televisão aberta. Nada é tão deprimente, depois da música do SPC e depois de acordar domingo sóbrio, do que a programação da televisão brasileira no dito dia.
Na verdade, como tive opção, já que não bebí muito no sábado, acordei cêdo pra assistir a corrida de Monte Carlo em Mônaco.
É como Roberto Carlos e Erasmo, uma vez por ano tá lá. Eu me sento na frente da tv pra assistir a corrida e pra jogar praga em quem esta vendo ao vivo. Aproveito e faço planos para o mais cêdo possível estar lá, sendo vítimas de pragas jogadas por pobres como hoje eu sou.
A corrida é linda porque o lugar é lindo e só. Não tem ultrapassagens nem acidentes espetaculares. Quando dá uma chuvinha até que é legal, mas vc perde a chance de ficar babando o Mar Mediterrâneo.
Lá pelo meio, Cabeça acordou. Fomos fazer o almoço dominical. Fazia isso enquanto dava uma espiada em outro programa bacana, o Auto esporte, que de tão legal é curtinho. Claro que a globo não ia nos dar a ousadia de ter dois programas assistíveis no domingo.
Aprontamos o rango e fomos pra frente da TV, como bons brasileiros imbecís, nos deliciar com nosso prato em frente a telinha. Pronto (ou fudeu vc decide), de repente vímos abrir o buraco negro do desespero, o abismo do bom senso e do que um ser humano com um QI minimamente útil suporta.
Turma do Didí. Enquanto corrí pra mudar o canal, percebí que agora, o Charles Bronson brasileiro, voltou a fazer par romantico com mais um Tutankamon: Dedé Santana. Já falei muito sobre o que eu acho do Didi em outros posts. Vamos nos ater a mudança de canal.
Band. Passava o Riskinggatway contra o Arzetopifaneo pelo campeonato turco da terceira divisão. Acho que a escolha foi em função de algum brasileiro jogar nesse campeonato. Pra sorte da Band, tem um brasileiro jogando em cada campeonato do mundo. Repito, cada campeonato do mundo.
Na record passava Eliana e seus dedinhos apresentando dois humoristas. Um imitando o Faustão e o outro imitando Joelma, numa disputa pra advinhar umas músicas que tocavam ao contrário. Pensei que ninguém mais faria isso depois de Mara Maravilha, mas ela fez.
Dalí foi difícil mudar porque Cabeça, que rí até das piadas de Drumond, gostou por um momento.
- Que coisa engraçada, repetia a pequena lesada.
Consegui mudar e, num canal que me pareceu o SBT, passava o Show do Tom. Esse particularmente me assustou. Sério!
Lá, peças vindas do retiro dos artistas, se dividiam em dois grupos. Um liderado por uma Drag Queen chamada de Princesa (eu acho) e o outro por, nada mais nada menos que, Sérgio Malandro. Ele mesmo. Tomei um susto. Vcs acreditam que ele ainda faz glu glu? Juro.
Eles disputavam um tipo de imagem e ação, intercalado com piadas que vímos no começo do MIRC.
A essas alturas já não via mais sentído em manter uma televisão em casa. Pensei em maneiras de acabar com aquele tormento, jogando-a do 17º andar sobre a cabeça de um grupo da 4ª idade que passava em baixo. Pensei: Se eu não posso fazer isso com o Sérgio Malandro, pelo menos faço com algum contemporâneo dele.
Cabeça, obviamente, não permitiu e sábia que é, me convidou para o soninho de domingo. Convite que aceitei de pronto, logo depois do pudim. Terminando assim o meu contato com o sol do domingo.
Pensei que a noite teria mais alguns rounds contra a dança dos famosos, mas Jorge e Drumond me chamaram pra beber e aí é outra história.
Sem mais, subscrevo.
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