segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E o blog hein?

Daniela Santiago me encontrou no sábado.

Lá no Riviera, (não sei porque eu coloquei isso, já que pra me encontrar hoje em dia, tem que ser no Riviera) olhou pra mim e de canto de olho falou:
-E o blog hein?
...
...
... (entenda essas reticencias como um silêncio constragedor)

Blog é uma coisa bem bacana porque quem escreve não tá nem aí de verdade pras cobranças. Verdade.
A gente quer até ser cobrado, mas escreve se tiver com saco e não porque ninguém cobrou. A gente olha e diz:
-Ó tem alguém cobrando aí. Depois eu escrevo alguma coisa. E segue a vida.

Mas quando um leitor te encontra na rua e diz:
-E o blog hein?
Aí não.

Aí vc é obrigado pela lei de regulamentação bloguística mundial a escrever qualquer merda. Tipo essa que eu tô escrevendo.
Pode até ser uma coisa que não mude nada na vida de ninguém, como esse post, mas lei é lei. Portanto.
Taí.
É isso.
Por hoje é só.
Ou não, quem sabe?
Eu.
É só mesmo.

Sem mais, subscrevo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Riviera Grill

Caríssimos

Como a maioria de vocês sabe, eu estou montando o maior equipamento de dominação mundial jamais pensado. O Riviera Grill, em Nazaré das Farinhas.


O espaço, que vai ficar no entorno do Cinema Rio Branco, vai ser primariamente um restaurante de grelhados, mas como o espaço é muito grande e vcs sabem como eu sou, vai sempre rolar uma baladinha no final da noite. A idéia é dar uma sacudida mesmo na noite noturna da cidade.

Pois bem, depois de 3 meses de trabalho espinhoso, aborrecimentos mil com pedreiros e afins, dia 19 próximo às 16:00h a gente começa a funcionar. Vai ser ainda em slow motion, sem badalações, mas vamos funcionar finalmente.

Está sendo loucura administrar esse corre corre pra abrir, Cecília, esposa, casa e tudo mais, mas eu sabia que não ia ser fácil realizar um sonho desse tamanho.

Bom, eu vou dando notícias e por agora vou tentar dormir um pouco pra dar conta da contagem regressiva. Torçam pela gente e apareçam.


Com tudo o mais, subscrevo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Nossa Senhora Coca Cola

Sobre o restaurante que estamos montando:

- Cabeça vc vai vender Coca-Cola não vai? (Cabeça ela falando com Cabeça eu)

-Não

-Porque?

-Porque eu fechei exclusividade com a Ambev. Serve Pepsi?

-Não.

-Porque?

-Porque quando eu estava grávida e de resguardo, eu fiz uma promessa pra Nossa Senhora Coca-Cola, que quando eu parasse de amamentar, eu só beberia Coca-Cola.

-E água?

-Nada. Só Coca.

-Tá.

...

-A propósito, me diz: Como é essa santa? Ela é preta ou vermelha? Parece um Exu?

-Ela é pretinha com um manto vermelho.

-Escrito Coca-Cola em branco acertei?

-Sim, é isso. Onde você viu?

...

Cabeça tem uma mente fértil não?

Sem mais, subscrevo.

Nossa Senhora Coca Cola

Sobre o restaurante que estamos montando:

- Cabeça vc vai vender Coca-Cola não vai? (Cabeça ela falando com Cabeça eu)

-Não

-Porque?

-Porque eu fechei exclusividade com a Ambev. Serve Pepsi?

-Não.

-Porque?

-Porque quando eu estava grávida e de resguardo, eu fiz uma promessa pra Nossa Senhora Coca-Cola, que quando eu parasse de amamentar, eu só beberia Coca-Cola.

-E água?

-Nada. Só Coca.

-Tá.

...

-A propósito, me diz: Como é essa santa? Ela é preta ou vermelha? Parece um Exu?

-Ela é pretinha com um manto vermelho.

-Escrito Coca-Cola em branco acertei?

-Sim, é isso. Onde você viu?

...

Cabeça tem uma mente fértil não?

Sem mais, subscrevo.

Já é

Vocês já ouviram a música “Já é” de Lulu Santos?

Às vezes eu me pego cantando essa música.

Pra ser sincero, na maioria das vezes, eu canto as músicas sem muita noção do que a letra diz, mas essa em especial, não podia me passar.

Principalmente por uma frasezinha com o intuito de questionar: Será que isso é mesmo o que você pensou, quando pensou no que queria ser?

E você? Já parou HOJE pra pensar nisso?

Eu penso sempre e há muito não penso num sim tanto quanto eu penso hoje.

Foi pau viola, foda, mas sinceramente acho que agora vai.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Hã, há...

- Cabeça, Nestor Kirchner morreu. ( Cabeça falando comigo tá?)
- Hã? Ashton Kutcher?
- Não, Nestor Kirchner.
- Há, tudo bem.

- Como assim tudo bem o cara morrer?
- Nada é que eu pensei que tinha sido Ashton Kutcher.

- E qual a diferença pra você?
- É que morrer um presidente, ou ex-presidente da Argentina a mim não diz nada, mas Efeito Borboleta é de fuder e The Guardian então... Muito mais importante.

- Háaaa.

Cabeça não entende nada de personalidades mundiais.

Sem mais, subscrevo.

sábado, 11 de setembro de 2010

Porque não?

Porque eu não tenho escrito posts falando sobre as minhas primeiras impressões da paternidade?

Simples, eu não sei teclar com uma mão só (na outra está Cecília);
Simples, eu estou tentando dormir (quando ela dorme);
Simples, eu estou lerdo demais por não ter dormido.

Ter um filho, e mais do que isso, ser novo nisso. É tudo aquilo que vc ouviu. inclusive aqueles clichês de padecer no paraíso e tal.
Ser pai é cansativo, complicado, assustador e maravilhoso.
Tanto, que se eu ceder a tentação de contar casos do meu bebê, provavelmente o blog vai mudar totalmente de foco. Isso, claro, contando com que algum dia ele teve algum tipo de foco.

Contudo, o caso não é esse. O fato é que eu comecei esse post no intuito de dizer, que por extrema falta de vergonha na cara e de comprometimento com vcs, eu ia dar um tempo do blog. Dispensando, por conseguinte, vcs para usarem seus tempos de uma forma mais racional do que me seguindo, ou mesmo vindo por aqui de vez em quando.

Acontece que, como numa novela de Agnaldo Silva, antes de começar o post, eu resolvo dar uma olhada nos seguidores e vejo que já estão em 53. Isso sem contar que essa semana eu recebí uns nacos significativos de comentários. E pior, de posts antiquíssimos. Não sei vocês, mas eu considero comentários bolinações gostosas e fico pensando se realmente eu não consigo um tempo pra um carinho doce no meu saquinho peludo em meio a esse turbilhão.

Claro que eu estou com um bebê de 40 dias que chora;
Claro que eu estou prestes a abrir o maior projeto de dominação mundial jamais tentado e que claro está com atraso nas obras;
Claro que eu tenho uma esposa, família, casa e um carro com problemas de vasamento de óleo.

Mas o que é tudo isso diante de um comentário de uma pessoa que eu nunca ví, ou de um seguidor novo?

Assim, vou adiar a assinatura da carta de alforria de vocês, meus escravos, e vou tentar mais uma vez fazer com que vcs não me abandonem como eu vos abandonei.

Sem mais por agora, subscrevo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A maior novidade da minha vida

E sem conseguir dizer o que eu preciso dizer.
Não tive dúvidas em pedir ajuda .


O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar nuvem
Porque muda de formato a cada instante
Poderia se chamar tempo
Porque parece um filme a que nunca assisti antes

Poderia se chamar la-bi-rin-to
Porque sinto que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar a u r or a
Pois vejo um novo dia que está por vir

Poderia se chamar abismo
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar horizonte
Que parece linha reta mas sei que não é assim

O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado

Poderia se chamar universo
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer: aventureiro

Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo

Não deveria se chamar amor
Paulinho Moska





Sem mais, subscrevo.

sábado, 28 de agosto de 2010

Idéias X Sangue

Já tinha percebido isso, mas chato que sou, continuo insistindo no contrário.

Mas vamos aos fatos:
Tenho recebido e-mails desaforados cobrando notícias minhas, de cabeça e de Cecília (minha chatinha que está dentro da barriga de luzes da madrugada). Já comentários sobre minhas últimas postagens...
Algo como:
- Estamos cagando pra saber a sua opnião sobre a política nacional, ou sobre a derrubada das barracas de praia de Salvador. O que queremos mesmo é beber seu sangue, tal qual o vampiro viado que brilha, queremos é saber de suas guerras pessoais e principalmente se vc tá se fudendo ou não.

Meus parcos leitores não estão nem aí pra minhas idéias.
O que é perfeitamente compreensível, visto que nem eu mesmo estou aí para as minhas idéias.

Não sei se fico alegre ou triste. Fico alegre porque depois destes anos acabamos criando algum tipo de relação e isso é muito bacana. Triste, tanto porque eu gostaria de ter mais idéias comestíveis, quanto porque a essa altura eu preciso fazer um mimimi qualquer pra fazer vocês continuarem vindo por aqui.

Sendo assim, prometo no próximo post, ou escrever alguma coisa sobre os balaios de gato em que me meto, ou enganar vcs mais uma vez.

Sem mais, subscrrevo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobre carros de som políticos

Se eu tivesse um candidato, digo. Se houvesse um nome que eu julgasse merecedor de um voto, seguramente ele o perderia se tivesse um carro de som, cantando uma musiquinha com seu nome.

Isso é seguro.

Essa semana eu peguei um engarrafamento homérico em Salvador.

Pablo essa frase não precisa ser dita, porque pra se ir a qualquer lugar, a qualquer hora, em Salvador vc pega engarrafamentos tsunâmicos.

É mas eu não moro mais em Salvador caras pálidas. Fui pro interior pra me livrar disso. Logo, pra mim engarrafamento é uma aberração. Deveria ser pra você também, mas isso é outra história.

Mas voltemos ao embuçetamento veícular.
Estava eu lá feliz da vida com o carro parado e à minha frente uma kombis com um sistema de som digno de um mine trio, cantando uma musiquinha irritante, sobre uma tal Maria Luísa.
Acho que é a mulher de Janjão Prefeito de Salvador.

Eu não me lembro o que cantava a modinha, porque aumentei tanto o volume do rádio, que passei a não escutar mais nada. Na verdade, ainda hoje, tenho dificuldades para ouvir em volumes normais.

Sendo assim, e não apenas por isso, deixo aqui mais uma dica pra você escolher seu candidato.

Tá na rua, passou um carro cantando aquelas musiquinhas feitas pra analfabeto e ou falando que o dado candidato é a solução de todos os problemas da humanidade moderna. Grave bem o nome dele e o exclua dos seus pretensos elegíveis.

E se vc é candidato, um recadinho:
É furada maluco, tira essa pica da rua que ninguém escolhe candidato pela música. Você é otário?
Com esse dinheiro você compra uma porrada de voto, ou cimento que dá na mesma coisa, ou bloco que dá na mesma coisa, ou cachaça que dá na mesma coisa. enfim você entendeu. Eu acho...

Sem mais, subscrevo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

As barracas da orla de Salvador

Há alguns meses comecei a ver essa punheta na intenção das barracas de praia de Salvador.

Era uma masturbação difícil. Com o pau mole sabe?
- Derruba barraca;
- Aprova liminar;
- Juiz Derruba liminar. E por aí vai.

Não dei a mínima.
- Quero ver quem vai derrubar a Barraca do Louro, ou a Margerita.

Eis que há um mês e pouco atrás, a prefeitura derrubou umas cem barracas, justificando que as mesmas não tinham a mínima condição sanitária de operar.

- Há tá. Devia tá uma nojeira da porra. Eu já estive em barracas putamente imundas, sei o que é isso.
- Mas quero ver quem vai derrubar a Barraca do Louro, ou a Margerita.

De repente. Como num vídeo toscamente feito pro You Tube, começo a semana boquiaberto vendo a Prefeitura de Salvador metendo a pica na Barraca do Louro, passando por cima com um trator de esteira mesmo.
E não só nas tais barracas, mas a prefeitura tampou-lhe a porra e enfiou a xibata em TODAS, TODAS AS BARRACAS DE PRAIA DE SALVADOR.

Foi um choque. Eu não esperava ver na televisão nem o paraíso das bundas perfeitas e serelepes enfiadas em micro biquines (Louro), nem o édem do pagodão e dos rala as partes íntimas femininas no chão (barracas de praia de Itapoan, cidade baixa e adjacências) sendo destruídas.

Não esperava mesmo.

Pra entender melhor, procurei algumas fontes e pra poder tecer meu comentário, preciso antes explicar. Do meu jeito claro. Se vc quiser alguma coisa mais jornalistica vá ao site do Jornal A Tarde, ou da Rádio Metrópole.

Há alguns anos, a União (o mau supremo) criou o projeto Orla da União. O Projeto visava reorganizar os territórios de marinha mal ocupados em toda orla brasileira.

Pra que vc não confunda, como eu me confundí. Terreno de marinha é toda área que está até 38 metros de onde vai a água da maior maré. Terreno da marinha, são as terras dos moços que usam branco e não são pais de santo.
Assim, há mais ou menos4 anos, foi decretada a derrubada de todas as construções que explorando a praia, estivessem no tal território de Marinha da capital baiana.

A prefeitura interveio e pediu um prazo pra apresentar um projeto que diminuísse o impacto na economia e na vida social da cidade.

Aí começa a putaria:
Segundo João Henrique, o Prefeito de Salvador, doravante denominado Janjão.
O advogado da Assossiação dos barraqueiros não deixou o processo andar. Dificultou as reuniões, foi contra todos os projetos da prefeitura e pediu a substituição por duas vezes do juiz responsável por julgar o caso. O juiz por sua vez, quando teve seu nome mantido pela segunda vez a frente do projeto se retou e disse:
- É rebanhe de corno? Então tá decretado. Derruba essas porra tudo. E agora. Se não, eu mando prender o prefeito.
E o resultado vcs víram.

O advogado rebate dizendo que Janjão não apresentou um projeto consistente, que não recebia os barraqueiros e que quando recebia, colocava como interlocutor um secretário diferente, com um discursso diferente.

Janjão pediu um voto de confiaça aos barraqueiros, disse que a culpa é do advogado e da União e disse que tudo vai ser resolvido até a copa de 2014.

Daqui pra frente é comigo.

Como cada um diz uma coisa e nem tudo foi documentado a contento. Eu acredito em duas coisas:
1 - O discernimeto humano serve para ouvir o que se consegue e em cima disso tecer opniões. Certas ou erradas.
2 - O prefeito de Salvador é o cara mais hábil politicamente que a Bahia viu nascer desde ACM.

Ele sabe que a orla de Salvador é feia e que não existe outra forma de conserta-la, a não ser derrubando as barracas que ao longo dos últimos 50 anos foram se amontoando desorganizadamente nas praias de salvador.
Aproveitando-se disso, ele deixou correr o processo, fazendo exatamente o mínimo pra não ser taxado de ausente.
Daí o pau comeu, a advocacia da união fez o trabalho sujo e ele vai fazer o limpo que é chorar pro presidente dizendo que existem 3.000 pessoas desempregadas e que ele precisa de dinheiro pra construir uma nova orla. Vai fazer uma puta orla e vai entrar pra história como o prefeito que teve peito pra dar um choque de ordem na cidade.

Ufa. O post é grande mesmo. Respire fundo e vá com fé.

Outros grandes empreendimentos ainda existem em terreno de Marinha em Salvador. Na Ilha de Itaparica então...
Tenho certeza que as demolições não vão passar disso, porque quem tá chorando agora não tem representação política pra assustar.
O Louro, que deve ter lá alguma representação, nas cocó deve ter recebido alguma promessa de compensação.
Os outros barraqueiros que pensaram, como o advogado deles, que não ia dar em nada, vão fazer paralizações invisíveis e dar gritos inaudíveis até que passe esse mau estar inicial e a grande reforma venha.
Daqui há alguns anos o povo de Salvador vai olhar e dizer: - João Henrique foi foda. Sabe porque?

Porque o mundo é assim. Frio, duro e cabe a quem sobrevive a batalha, contar os louros da guerra.

Mas sinceramente? Quero ver derrubar o Clube Espanhol e o Barra Vento.

Sem mais, subscrevo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Manual prático para as eleições 2010

Caríssimos 2 ou 3 leitores que ainda continuam vindo por aqui, este é um post de utilidade pública.
Através deste, venho guiar vocês pelos confusos caminhos da escolha de um candidato para as eleições 2010.
Você que ainda não sabe em quem votar, ou mais importante, não sabe como escolher em quem votar, vai encontrar aqui as respostas para todas as suas apoquentações.

Porque eu faço esse tipo de coisa? Porque eu sou uma pessoa boa e me preocupo com vcs.

Isto posto, existem dois tipos de eleitores. Os instruídos e os não instruídos. E apesar de uns às vezes se portar como os outros, basicamente cada um vota conforme sua condição. Por conseguinte, a premissa para a leitura deste compêndio da literatura moderna, deita-se sobre o fato de que quem o faz é inteligente, culto, cheiroso e formador de opnião. Nesse sentido, apenas me debruçarei sobre o nosso jeito de escolher candidatos.

Para nós, minoria "letrada", dos eleitores desse Brasil, existem três formas bem definidas para a escolha de um candidato:

1 - Se vc conhece, é parente, ou diretamente ganha alguma coisa com dada candidatura;
2 - Se vc se identifica com a proposta de dada candidatura;
3 - Se dada canditatura de encaixa na sua proposta de voto.

A primeira forma é muito clara. Se vc tem um parente, amigo, ou individuo que te deve favores candidato ao pleito. Porque vc votaria em outro alguém? Não faz sentido.
A menos, claro, que o candidato em questão, seja aquele cara que vc odeia e ou tem inveja. Nesse caso, vc vai procurar o candidato com mais chances de vencê-lo e aliar-se a ele. Afinal, seja por inveja, seja por ódio, se o dado candidato ganhar, vc está diretamente ligado a problemas com as autoridades por no mínimo 4 anos.

A segunda forma, apesar de não tão clara, também é fácil de ser entendida. Vc é gay, preto, judeu, nerd, ou puta e durante toda sua vida foi discriminado. De repente, aparece um candidato se colocando como o representante da sua classe oprimida. Você, por mais instruído que seja acredita naquela provável bravata e se entrega ao maravilhoso mundo encantado em que um deputado do baixo clero vai deixar de trocar votos por dinheiro e vai ter condiçoes , caso lembre, de lutar por sua bandeira.

A terceira é a vertente com a qual eu mais me identifico. Nela, o indivíduo votante, tem um propósito frente a eleição e não ao candidato. Este propósito, pode ir do resgate da ética na política à sua definitiva avacalhação.
Digamos que o seu objetivo este ano seja renovar a política. Fácil, você procura um candidato que nunca tenha sido eleito (de preferência a nada) e vota. Mesmo que ele não seja um primor de candidato. O importante alí não é a pessoa, mas o que ela traz com sua eleição pro processo eleitoral.
Mas por outro lado digamos que vc, como eu, não aguenta mais ver as mesmas bandeiras eleitorais vomitadas por novos e velhos bonequinhos de luxo. Digamos que vc não aguenta mais assistir televisão e ver as seguintes declarações:
- Se eu for eleito vou lutar por saúde, educação, segurança e moradia para o povo pobre;
- Eu sou o candidato da mudança;
- Estamos no caminho certo, preciso de mais 4 anos pra continuar com tudo que conseguimos;
- Muito já foi feito etc, etc etc.
Se vc é um desses votantes sugiro que vc assista o vídeo abaixo.



Agora me responda:
Você consegue pensar num jeito melhor de mostrar que tem alguma coisa errada com o processo eleitoral do pais do que eleger uma assembléia de tiriricas?
Imagine o pobre do William Bonner tentando dar seriedade as transmissões enquanto ao fundo, mais um nobre deputado é suspenso por contar uma piada de francês no dia do Brasil na França.

Imagine Michel Temmer discursando na defesa da não aprovação, da criação do dia nacional da peruca.

Independente de partidarismo, eu inda não ví uma jogada de marketing tão boa quanto a avacalhação pró voto. Vide Léo Cret, que ao jornal online Terra de 8 de agosto, disse que quer ser presidenta do Brasil. E eu não duvido.

O fato, caros, é que independente da sua vertente política, ou de seu objetivo como eleitor. De vez em quando vc precisa vir aqui, neste minadouro límpido de coisas inteligentes, cheirosas e bolinativas e beber da seiva da cultura pós moderna.

E quanto ao voto ele é seu. Venda, troque por bloco, enfim exerça sua cidadania.

Sem mais, subscrevo.

domingo, 15 de agosto de 2010

...

Hoje eu percebí que eu não preciso de dinheiro.
Eu só preciso poder fazer aquilo que eu preciso fazer.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Outra coisa que curto é fotografia.

Principalmente de celular. E não é só por que não tenho uma máquina bacanuda.
Gosto de fotos de celular porque no cotidiano, a menos que vc seja um fotógrafo profissional, é mais fácil estar com o celular à mão do que uma máquina fotográfica. Por isso, gosto sempre de ter um celular com uma câmera legal.

Essas são ainda de um nokia legalzinho que eu tinha.

São João de Chinês

Chega de dedada

Precisa de Legenda?

Essa tem historinha...

Estava eu procurando uma pickup pra trocar no meu golzinho, quando de longe ví essa preciosidade.

Era um lugar gande, com várias lojas. Me aproximei por um lado em que não existia a possibilidade de ver o fiat.
Estava indo no dado pátio por uma Strada branca com capota marítima quando fui abordado pelo vendedor:

- Posso ajudar?
E na hora veio a sacaneação.
- Pode sim. Eu tô procurando um fiat 147;
- Como?
- Azul de preferência.
Eu nunca ví o olho de um vendedor brilhar daquele jeito.
- Cara, venha ver esse carro aqui...
Quando eu cheguei na frente do carro. Me debrucei no capô e comecei a balbuciar coisas ininteligíveis sob uma cara de espanto tão grande, que o olho do vendedor ficou cheio de água. Me lembrei muito do gato de botas de Shrek.
Ele deve ter pensado que minha tinha me parido naquele carro, ou que meu pai tinha dado carona ao papa João Paulo II no fiatzinho azul.

No final foi difícil, mas eu confessei pra ele que era brincadeira e que eu queria ver a Strada.
A pickup, claro, era 3 vezes mais cara, mas ele perderia o dia mesmo que tivesse ganho a comissão.
Foi triste ver ele fazer cálculos pra saber quanto custava a Strada em 60 vezes.

Depois posto outras. Tenho várias como essa.

Sem mais, subscrevo.

Contextualizando

Meu blog perdeu um pouquinho o rumo.

Começou falando sobre os bastidores das produções em que eu trabalhei, alternou com textos que eu julgava engraçados e cheguou ao desprezível estílo bloguinho de notícias, em que se sabe o que está acontecendo com a vida do dono.
Como se o dono fosse um ex bbb e alguém estivesse disposto a saber, por exemplo, que ele pulou de emprego em emprego nos últimos dois anos até decidir que estava cheio disso.

O problema é que eu não sei falar/escrever nada sem contextualizar.

Quando montei o blog e comecei a escrever, minha vida era produção. Mudei um pouco a linha de trabalho, mas ainda nesse ramo. Mais tarde comecei a trabalhar no que se pode denominar trabalho formal, como adminstrador de qualidade e aí sim me perdí todo e não deixei apenas de escrever, mas de viver com aquele tesão que me é característico.

Contextualizando pois, não aguentei mesmo me sentir um burocratinha de merda usando calça social e escondendo meus brincos e larguei tudo pra fazer alguma coisa que eu gosto de fazer. Lidar com gente, movimentar as coisas, festejar.
Assim, percebí que em Nazaré, cidadezinha do interior baiano onde estou, está faltando uma casa classe média, barzinho/restaurante. Casou. É comigo. Toca aqui que eu faço o gol.

Daí que eu já fechei um lugar (fantástico diga-se de passagem), começo a reforma na segunda próxima e já comecei a comprar as louças da nova empreitada.

Eu tô muito, muito confiante, mas esse post não é pra dar notícias.
É pra contextualizar. Principalmente o que por ventura eu escreva daqui pra frente.

Quem me conhece e até algum de vcs que me lêm há algum tempo, sabe que essa não é minha primeira aventura pelo mundo gastronômico. Há a TáNaMão, alguns eventos nessa linha, além de minha paixão incondicional por uma boa grelha.

Assim, não se surpreendam quando naquela passadinha pelo blog vírem uma receitinha, ou uma dica de como cozinhar um peixe sem ficar seco. É que minha vida é assim mesmo, como Moska diria: Um móbile no furacão.

Mas fiquem tranquilos aqueles que acham que uma vida segura não deve ser assim. Um dia em acalmo essa alma minha, me aquieto, fecho os olhos e descanso em paz.

Sem mais, subscrevo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Crianças e cachorros

Eu sempre tive cachorros.
Geralmente cadelas (isso não é um trocadilho idiota ok?)
Minha primeira foi uma pastor alemão ou pastora alemão, ou pastora alemã sei lá. Chamada Sherne. Foi uma homenagem de meu tio a uma plataforma da petrobrás. ???.

De lá pra cá, tivemos shakiras e babys, hoje temos kiko, kika, dóris, kate e alguns agregados. O mais novo é um labrador sem nome ainda e o penúltimo é um dos motivos do post.

Minha mãe entrega o cachorrinho bebê ao meu sobrinho e diz:
- João, seu presente. Um cachorrinho vc gostou?
Ele respondeu alguma coisa desconexa que queria dizer sim.
- Como é que vc vai chamar ele?
- Calçolão.
Sem pestanejar, parecia que ele tinha esse nome na cabeça desde que nasceu esperando só a oportunidade de colocar em alguma coisa.
- Como?
- Calçolão.
- E isso é nome de cachorro menino?
- É
O carinha tem 4 anos. Pra ele a coisa mais simples do mundo é colocar nomes. Sabendo disso, minha mãe pediu, na verdade implorou pra que ele colocasse outro nome no cachorro, o que ele fez de bate pronto. Ted, mas era tarde de mais. A maioria da casa toda já chama ele de calçolão.

Há pouco tempo, fomos levar kiko, um poodle com problemas respiratórios, para o hospital. Estávamos na sala de espera, quando entra uma cachorrinha, também poodle, toda enfeitada. Lacinhos combinando com a coleira, tosa em dia toda fru fru.
Ao menor descuido da dona, a cachorra tenta comer uma revista que estava ao lado e a autoridade de quem puxava a coleira precisou se manifestar:
- Tobias, pare com isso.
- Hã? Como é o nome? Isso não é cadela não? A platéia gritou.

- Calma, eu explico. Gritou a dondoca.
- É cadela sim. O nome dela é Sheila. O problema é que os meninos lá de casa só chamam ela de Tobias, aí tem hora que ela só responde por Tobias.

Gargalhada geral passada. Todo mundo entendeu que criança é foda. Daí eu fico imaginando quanta gente tem esse tipo de história por aí. Já pensou um blog: "Os nomes que as crianças dão"
Talvez quando Cecília nascer eu faça.

Com certeza vai ser melhor e mais visitado que esse.

Sem mais, subscrevo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Lília e os neologismos

Segundo o Aurélio neologismo é: s.m. Palavra nova, ou nova acepção de uma palavra já existente na língua./Neologia.

Eu, então na qualidade de analista da nova língua portuguesa, me debrucei sobre essa descrição na esperança de entender, sem sucesso, a seguinte passagem:

-Tô de ripuge.

Não entendeu?

Nem eu.

Contextualizo pois, para que tentemos entender em conjunto:

Estávamos reunidos jogando palitinho, uma de nossas distrações culturais preferidas, quando:
- Joga Lília;
- Não.
- É sua vez miséra;
-Tô de ripuge.
- Hã???
- Ripuge, tô de ripuge.
- Lília, sério, que porra é o Ripuge?

- Ripuge é uma sensação, não uma porra física. Não é o que é. Ripuge é um estado, tipo estar de Ripuge entendeu?
- Háááá, não.
- Quando a pessoa está de Ripuge, ela está ripugenta entendeu?
- Tô começando (na esperança de que ela nunca mais parasse de explicar. Naquele momento eu entrava em processo de falecimento por risada gratuita).
- Então, continuando, estar de ripuge, ou estar ripugenta é quando vc tá assim, como se nada tivesse bom, vc deita, encosta e fica de ripuge entendeu?

-Não, mas fazendo de conta que eu entendí, não já existe alguma palavra que espresse isso não? Chateada, entediada, preguiçosa sei lá.
- Nãããããããããão. Eu não tô entediada, tô de ripuge é diferente.
- Tipo quando vc tá lebrenta. Não tem palavra pra lebrenta.
- Lebrenta Lília?
- Isso, lebrenta é quando vc tá mal arrumada, ou suja e alguém lhe chama pra ir a algum lugar. Você nega e diz: - Eu não vou porque eu tô lebrenta. Entendeu?
- Ô, desarrumada não serve?
- Nãããããããããão. Lebrenta é lebrenta.

- Hááááááááá

No final ela jogou, ganhou, perdeu e até deixou de assistir Eclipse por causa da gente. Na verdade ela apostou que no final da noite ia rolar uma pizza, mas valeu assim mesmo.

O que me importa porém, não é estar de ripuge, nem mesmo estar lebrento. O que me importa mesmo é estar longe quando ela inventar outra. Isso me deixa de ripuge.

Sem mais, subscrevo.

sábado, 3 de julho de 2010

A música

São 5:00 h de uma manhã de sábado chuvosa.


Levei uma queda da escada ontem e meu cotovelo dói, dificulta escrever, mas mesmo assim, não vejo outra coisa a fazer.


São tantas coisas a dizer a fazer e o tempo parece tão pouco.


Começou assim o esboço de uma música que eu pensei ser capaz de fazer.


As vezes tenho certeza que eu consigo escrever bem. Que eu consigo continuar meu livro de onde parei há meses, mas simplesmente não é tão simples.


O blog me acalma porque é uma página só e por mais linhas que eu venha a fazer, o começo e o fim estão logo ali.


Acho que o difícil da vida é isso, separar o começo do fim.


Sem mais, subscrevo