sexta-feira, 30 de julho de 2010

Contextualizando

Meu blog perdeu um pouquinho o rumo.

Começou falando sobre os bastidores das produções em que eu trabalhei, alternou com textos que eu julgava engraçados e cheguou ao desprezível estílo bloguinho de notícias, em que se sabe o que está acontecendo com a vida do dono.
Como se o dono fosse um ex bbb e alguém estivesse disposto a saber, por exemplo, que ele pulou de emprego em emprego nos últimos dois anos até decidir que estava cheio disso.

O problema é que eu não sei falar/escrever nada sem contextualizar.

Quando montei o blog e comecei a escrever, minha vida era produção. Mudei um pouco a linha de trabalho, mas ainda nesse ramo. Mais tarde comecei a trabalhar no que se pode denominar trabalho formal, como adminstrador de qualidade e aí sim me perdí todo e não deixei apenas de escrever, mas de viver com aquele tesão que me é característico.

Contextualizando pois, não aguentei mesmo me sentir um burocratinha de merda usando calça social e escondendo meus brincos e larguei tudo pra fazer alguma coisa que eu gosto de fazer. Lidar com gente, movimentar as coisas, festejar.
Assim, percebí que em Nazaré, cidadezinha do interior baiano onde estou, está faltando uma casa classe média, barzinho/restaurante. Casou. É comigo. Toca aqui que eu faço o gol.

Daí que eu já fechei um lugar (fantástico diga-se de passagem), começo a reforma na segunda próxima e já comecei a comprar as louças da nova empreitada.

Eu tô muito, muito confiante, mas esse post não é pra dar notícias.
É pra contextualizar. Principalmente o que por ventura eu escreva daqui pra frente.

Quem me conhece e até algum de vcs que me lêm há algum tempo, sabe que essa não é minha primeira aventura pelo mundo gastronômico. Há a TáNaMão, alguns eventos nessa linha, além de minha paixão incondicional por uma boa grelha.

Assim, não se surpreendam quando naquela passadinha pelo blog vírem uma receitinha, ou uma dica de como cozinhar um peixe sem ficar seco. É que minha vida é assim mesmo, como Moska diria: Um móbile no furacão.

Mas fiquem tranquilos aqueles que acham que uma vida segura não deve ser assim. Um dia em acalmo essa alma minha, me aquieto, fecho os olhos e descanso em paz.

Sem mais, subscrevo.

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