quinta-feira, 28 de maio de 2009
Aurora 7
Como vcs sabem estaremos na Aurora 7 a maior rave da Bahia. Como eu sempre quero vocês por perto de mim vai algumas informações aí:
Vê aí tb o vídeo:
quarta-feira, 27 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Domingo, quero te encontrar...
Se lembra daquela musiquinha do Só Pra Contrariar? Aquela de Alexandre Pires, que comeu uma das Sheilas e chorou quando cantou pro Bush?
Pois é, hoje acordei cêdo e sem ressaca. Logo, nada mais deprimente pra vir a cabeça num domingo sem ressaca do que a musiquinha do Alexandre. A pequena modinha era sobre alguma coisa sofrida, que os cantores de pagode romântico adoram. E não existe coisa mais sofrida no domingo do que a programação da televisão aberta. Nada é tão deprimente, depois da música do SPC e depois de acordar domingo sóbrio, do que a programação da televisão brasileira no dito dia.
Na verdade, como tive opção, já que não bebí muito no sábado, acordei cêdo pra assistir a corrida de Monte Carlo em Mônaco.
É como Roberto Carlos e Erasmo, uma vez por ano tá lá. Eu me sento na frente da tv pra assistir a corrida e pra jogar praga em quem esta vendo ao vivo. Aproveito e faço planos para o mais cêdo possível estar lá, sendo vítimas de pragas jogadas por pobres como hoje eu sou.
A corrida é linda porque o lugar é lindo e só. Não tem ultrapassagens nem acidentes espetaculares. Quando dá uma chuvinha até que é legal, mas vc perde a chance de ficar babando o Mar Mediterrâneo.
Lá pelo meio, Cabeça acordou. Fomos fazer o almoço dominical. Fazia isso enquanto dava uma espiada em outro programa bacana, o Auto esporte, que de tão legal é curtinho. Claro que a globo não ia nos dar a ousadia de ter dois programas assistíveis no domingo.
Aprontamos o rango e fomos pra frente da TV, como bons brasileiros imbecís, nos deliciar com nosso prato em frente a telinha. Pronto (ou fudeu vc decide), de repente vímos abrir o buraco negro do desespero, o abismo do bom senso e do que um ser humano com um QI minimamente útil suporta.
Turma do Didí. Enquanto corrí pra mudar o canal, percebí que agora, o Charles Bronson brasileiro, voltou a fazer par romantico com mais um Tutankamon: Dedé Santana. Já falei muito sobre o que eu acho do Didi em outros posts. Vamos nos ater a mudança de canal.
Band. Passava o Riskinggatway contra o Arzetopifaneo pelo campeonato turco da terceira divisão. Acho que a escolha foi em função de algum brasileiro jogar nesse campeonato. Pra sorte da Band, tem um brasileiro jogando em cada campeonato do mundo. Repito, cada campeonato do mundo.
Na record passava Eliana e seus dedinhos apresentando dois humoristas. Um imitando o Faustão e o outro imitando Joelma, numa disputa pra advinhar umas músicas que tocavam ao contrário. Pensei que ninguém mais faria isso depois de Mara Maravilha, mas ela fez.
Dalí foi difícil mudar porque Cabeça, que rí até das piadas de Drumond, gostou por um momento.
- Que coisa engraçada, repetia a pequena lesada.
Consegui mudar e, num canal que me pareceu o SBT, passava o Show do Tom. Esse particularmente me assustou. Sério!
Lá, peças vindas do retiro dos artistas, se dividiam em dois grupos. Um liderado por uma Drag Queen chamada de Princesa (eu acho) e o outro por, nada mais nada menos que, Sérgio Malandro. Ele mesmo. Tomei um susto. Vcs acreditam que ele ainda faz glu glu? Juro.
Eles disputavam um tipo de imagem e ação, intercalado com piadas que vímos no começo do MIRC.
A essas alturas já não via mais sentído em manter uma televisão em casa. Pensei em maneiras de acabar com aquele tormento, jogando-a do 17º andar sobre a cabeça de um grupo da 4ª idade que passava em baixo. Pensei: Se eu não posso fazer isso com o Sérgio Malandro, pelo menos faço com algum contemporâneo dele.
Cabeça, obviamente, não permitiu e sábia que é, me convidou para o soninho de domingo. Convite que aceitei de pronto, logo depois do pudim. Terminando assim o meu contato com o sol do domingo.
Pensei que a noite teria mais alguns rounds contra a dança dos famosos, mas Jorge e Drumond me chamaram pra beber e aí é outra história.
Sem mais, subscrevo.
sábado, 23 de maio de 2009
Quem se lembra da Tana Mão?
Essa aí ó, com nossas duas gueixas negras (foto do nosso carnaval na boate Lotus) e tal.
Pois bem, não estava dando muitas notícias dela, porque depois da desgastante Semana Santa, ficamos meio zonzos com tanto trabalho e acabamos sendo engolidos pelo mês de maio. Daí que eu (diretor comercial de merda) não fechei nada pro mês, o que acarretou sérios (nem tanto) problemas de ordem financeira para a empreitada.
Já em junho...:
Dia 06 - Aurora a maior rave da Bahia;
Dia 21 - Forró da Mãe Dioca em Santo Antonio de Jesus;
Dia 24 - Forró da Paquera em São Miguel das Matas e
De 19 a 25 em Amargosa.
Brocado, quem quer um empréstimo em Julho?
Ivete e seus 37 anos
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Como poderia?
Ontem num dos milhões de regabofes cachacísticos em que me envolvo nos fins de semana, sentí falta de alguém.
Imediatamente pensei, tenho que começar esse de forma diferente, já que ambos nascem da mesma mãe imunda, ou do mesmo causo, vc decide.
Porém, como hoje e ontem foram dias fodas, e eu não tô muito bem da cabeça, tudo que eu escrevesse ia soar repetitivo. Assim, resolvi usar o mesmo começo de novo: Segue:
Ontem num dos milhões de regabofes cachacísticos em que me envolvo nos fins de semana, sentí falta de alguém (nesse caso de alguma coisa).
Ja sei: Das minhas lembranças.
Lendo o post de Drummond me percebi num dilema: O que mais eu não me lembro de domingo?
Sério. Não lembrava desse papo de quem é Santo Antonio e nem de mais um monte de coisas.
Como todos os acontecidos devem ter sido tão legais, mas tão legais, que eu não me lembro. A cosia fica ainda melhor. É massa. A gente se diverte a semana toda. De quando em vez aparece uma foto, uma lembrança esfumaçada e rola aquele flash back engraçado nos lugares e horas mais imprevistos.
Sigamos:
Pois então, temos uma mania diabólica de jogar Imagem e Ação. Saca imagem e Ação né?
Isso, aquele jogo que vc pega uma carta com um nome e tem que desenhar a palavra pra sua equipe etc.
Já ví esse jogo de várias formas com várias galeras diferentes. Na minha, é com mímica e só começa mesmo depois da 15ª cerveja (pra dar mais emoção).
Acontece que sempre, sempre, sempre rola briga. O cara bêbado já não segue as regras mínimas de convívio social, imagina as regras de um jogo que muda de regra cada vez que a gente joga?
Como diria Neto, não é nem um pé de pica, é um canavial de rola (lá ele).
Resumindo é uma gritaria da porra e toda rodada acaba com pelo menos uns dois ou três pariticipantes sem se falar.
Já ví amigos de infância se ofenderem bruscamente, irmãos se sacanearem a sério e até eu quase me separo umas 7, 8 vezes. Claro que nunca nenhum desses perrengues durou mais de um mês, pelo menos até agora.
Vem daí que nesse domingo aceitamos 2 novos participantes na roleta russa do Imagem e ação da minha galera. João Figuer e Cris.
Eles são pessoas finas, elegantes e racionais. Como tal, depois da 45ª briga e do 235º começo de briga em menos de 30 minutos, sentiram que algo não ia bem e me sairam com uma idéia brilhante:
- Gente todos nós somos crescidos, amigos então pra que tanta briga? Vamos fazer assim:
- Quando alguém disser que falou, mesmo que ninguém mais tenha ouvido vale.
- Se todo mundo falar ao mesmo tempo, a gente faz outra vez e tal (Leia-se tal, como um conjunto complexo de outras regras polidas e com o intuito de nos tornar pessoas melhores e mais preparadas pra geração de aquário, acho).
Resolvemos aceitar e toda vez que uma briga ia recomeçar, eis que surgia o Super João, o homem do óculo lilás, e Cris, seu Hiper-Mega-Escudeiro, para dirimir a contenda e repetir em uníssono, aquilo que deveria ser o protocolo de Kyoto do Imagem e ação:
- Se lembrem, se neguinho disse é porque é verdade, branquinho não ia mentir pros próprios amigos e tal.
A coisa foi se repetindo, primeiro de 5 em 5 minutos, depois de 10 em 10 e por aí foi até que estávamos jogando como sexagenários no antigo Bingo da Barra.
- Bingo, êê.
...
...
...
Péssimo.
Só jogamos uma partida e pronto, ninguém comemorou (que eu me lembre), ninguém pediu revanche (que eu me lembre).
Percebemos então que nós não somos polidos, nem elegantes, nem racionais, nem nada de bom quando se refere ao dado jogo. Pior, não gostamos da experiência de ser. Gostamos de achar que estamos sendo trapaciados e brigar, adoramos brigar, chatear, irritar, gritar e nos chamarmos de Filadaputaladrão. Gostamos do roots, de voltarmos às cavernas. É. Assim é que é bom.
Parece louco, mas é um exercício interessante ver como é bom, de vez em quando, virar um troglodita, brigar, gritar e aos poucos ir voltando ao normal, perto até do educado. Por isso:
Sorry super João, sorry Hiper-Mega-escudeiro. Não queria dizer aqui, mas a gente não presta, da próxima vez, se rete com a gente e mande a gente se fuder. Acredite o jogo assim, vai ser bem mais animado.
Quanto a sacanear a tequila e a sapiência do nosso amigo (história que eu conto mais tarde), isso pode, porque sempre é muito divertido.
Sem mais subscrevo.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A menina que roubava livros grátis
Ontem num dos milhões de regabofes cachacísticos em que me envolvo nos fins de semana, sentí falta de alguém.
Ela é parte importante nas conversas sem pé nem cabeça regadas a álcool, ela é a musa inspiradora de Jorge Martins (o jóvem e devasso homem isopor) e desinspiradora do resto da humanidade, mas não só por isso ela foi lembrada.
Ontem especificamente, chegamos a uma conclusão. Todos. Absolutamente, todos os presentes que compraram livros nos últimos 3 anos, tem um buraco na estante. Todos que escolheram um livro, pagaram por ele e intentaram manter em sua posse o dado artigo de cultura, tem hoje o seu bem máximo de massagem cerebral sob o cárcere da dita amiga.
São tantos, que as pessoas começaram a pedir que ela os devolvesse em seus aniversários, como um presente comprado pela dita cuja. Pior, ela assumindo sua delinquência, há muito não mais juvenil. Os devolve embalados em papel de presente.
Seu nível de inadimplência é tamanho, são tantas as passagens pelo SPC e SERASA do empréstimo de livros, que agora, só lhe são cedidos mediante refém, ou seja, levas um, pequena meliante, se deixares um. Assim, segundo informações, ela inventou um novo tipo de crime e tal qual um Jorge Soros da especulação de compêndios subtraídos, a gatuna do saber, passou a deixar como reféns livros já "malufados" de outros.
Eu, aqui cumpro meu dever e faço uma previsão catastrófica. Essa bolha especulativa, já que vc investe o que não tem, um dia vai estourar e vc vai assim, criar uma nova crise, dessa vez literária.
O nome da citada? Quem já foi vítma dos seus esforços sabe bem. Pra quem não sabe digo:
Scheila Viviane que aqui, doravante, passa a se chamar:
A menina que roubava livros. Ela vai gostar, afinal, ela não gosta quando a chamo de Scheila Viviane. Não me culpe minha cara, foi culpa de seus pais, não minha. Quando eles tiveram essa brilhate idéia, meu pai ainda balançava o rabinho alegre e saltitante nos ovos de vovô.
Sem mais subscrevo.
Tô de ressaca
Sem mais subscrevo.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Vê aí:
Dica do bobagento
Eu não gosto de playboy
Respondo:
Tenho medo de acabar batendo uma pra algum diretor de arte nerd.
Explico:
Reparem nestas duas moças abaixo?
Gostosas?
E essas aí:
Delícia?
Pois bem, agora olhem essa foto abaixo.
Algo familiar?
E agora:
Hum, te lembrou alguma coisa? Pois bem. O que seria das beldades sem o Photoshop?
Uiii. Pois é, a partir de hoje, tenham cuidado com o que vcs fazem com uma playboy no banheiro, hein.
Fuçando o Sedentário e Hiperativo
Uma resposta a Jorge 2
Escreví essa singela resposta a baixo e nem sequer um comentário. Isso é triste, mas acho que ele tá certo. Quando eu ficar famoso também não vou dar mais atenção a vcs.
domingo, 10 de maio de 2009
Uma resposta a Jorge
Só pode ter sido isso.
Eu já acordei domingo cedo. É inspirador tanto quanto deprimente.
Me lembro um dia de domingo que acordei cedo porque tava com o nariz entupido, (constirpado é viadagem) tava em Stela e como bom nazareno fui procurar um feijão. Tava de ressaca. Não achei. Stela Maris é um reduto burguês e burgueses rechaçam botecos que vendem feijão de manhã cedo (eu vejo nisso a porta de entrada do paraíso).
Não achei feijão. Achei pais levando seus filhos pequenos para fazer castelos de areia e até me envolví numa discussão com algumas donas de casa sobre o preço alto do nabo na entrada de um supermercado.
Quando percebi já estava deprimido. Sentei na porta de uma barraca de praia que parecia estar abrindo. A aquela altura beber seria a única opção. Pedí uma cerveja e o sol saiu, os pássaros cantaram, as mulheres colocaram biquínes e foram dourar as bundas. Ou seja, o mundo voltou a fazer sentido.
Hoje foi diferente. fui acordado por meu irmão, primo e sobrinho pra ir a feira comer mocotó. Isso sim justifica perder preciosos minutos de sono dominical.
Jorge não teve a mesma sorte. Acordou pra ir ao supermecado. Isso com certeza mexeu com seus brios e o remeteu a um domingo feliz.
Num domingo feliz se acorda de ressaca e com a sensação de ter feito besteira;
No saco nenhum sinal de esperma e na conta a falta um taco grande daquele dinheiro guardado pra pagar o IPVA.
Quando se acorda assim não se tem tempo de escrever posts aos amigos. Só se acorda, procura uma neosaldina e sonha com uma tigela de sorvete de água de coco.
Como sei que nada disso aconteceu, entendo o post. Entendo mesmo.
Nesse sentido, Jóvem peralta e devasso homem isopor:
Lhe asseguro que a recíproca é verdadeira. Ter amigos é um troço massa mesmo e ler uma coisa tão bacana (o que não me surpreende vindo de vc) em pleno domingo é um prazer.
Sobre cabeça, sua análise foi perfeita, concordo sem pestanejar.
Sobre Drumond, faltou vc mencionar que foi ele o escolhido pela providência para traduzir ao mar vermelho aquilo que Moisés queria quando pediu pra ele se abrir (o mar).
Desejo-lhe tb sorte com Marcele, ao tempo em que peço que repense suas intenções com Scheila Viviane. Paro pra pensar e quando a visualizo de nero, óculos e barrigão sentada no sofá assistindo o jogo do vitória não me sinto motivado a lhe fazer uma visita.
Sem mais, subscrevo.
sábado, 9 de maio de 2009
O novo papa e mais pessoas legais
Allen Avid Bawden (nascido em 1959), é um cidadão americano que elegeu a si próprio como “papa Michael I” uma vez que ele e seu grupo de seis sacerdotes - chamados Sedevacantistas - consideram as eleições dos últimos papas inválidas por serem todos modernistas.
Sedevacantistas discutem que se a faculdade dos cardeais não nem não puder eleger um papa válido, os Católicos ordinários podem fazê-lo, sob o princípio de “Epikeia” (equidade). Sob esta alegação, David Bawden foi elito papa por seis pessoas em 1990 (incluindo a si mesmo e seus parentes). Ele está trabalhando como “papa” atualmente.
Encontrei fuçando o Gaiaba. Vai lá e vê o resto da galera.
Tem idiota de tudo que é jeito no mundo (tem uns até que ficam colocando esses links por não ter nada melhor pra escrever).
Tatoo é coisa de vagabundo
Tem mais lá.
Como eu sempre digo: Tem idiota de todo tamanho e qualidade.
Salvador segue fudido, eu tô melhor.
Pra quem não mora em Salvador, não assiste o Jornal Nacional, ou não é desse mundo: Salvador está em baixo dágua.
Pra quem é novo por aqui e não é um leitor desse blog (provavelmente tinha uma vida melhor antes), eu estou me recuperando de uma crise de dor nas costas que me roubou uma semana.
Isto posto, tive a idéia brilhante de, no post abaixo, travar uma analogia entre a minha crise lombar e as chuvas em Salvador. Idéia que mais tarde se mostrou, não suspreendentemente, idiota.
Não vi jornais entre ontem pela manhã e hoje meio dia. Também não passei por alagadiços, logo, tive a falsa impressão de uma melhora no clima da cidade. Falsa. Acabei de ver que muitas casas caíram e tem gente soterrada. Meus sinceros sentimentos. Deve ser foda não poder contar com um lugar seguro pra se esconder.
Do meu lado, não sei se estou melhor, ou me acostumando com a dor. Já tomei uma infinidade de remédios e fiz duas seções de acupuntura (aquele chinês desgraçado quer me aleijar com aquelas agulhinhas dos infernos), mas de um jeito ou de outro consegui trabalhar um turno ontem.
Continuo torto, andando igual a um pato, mas andando. Ou seja, Tô melhor.
Por isso chega de falar de doença. Vamos, aos poucos, voltar a acabar com nossos fígados e tocar a bola pra frente (tô precisando mesmo tocar minha bola pra frente).
Agradeço a todos que me deram dicas de clínicas que atendiam pelo sus, garrafadas ou a miséra da acupuntura. Desejo que quando vcs sentirem coisa similar ou pior, esteja lá o CATO, o COT, ou CPQV (caralho preto que voa) disposto a lhes ajudar.
Sem mais.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Blog novo
Drumond fez um blog.
Empada com Birita
Tá começando, mas pelo jeito tem coisa boa vindo por aí.
Chuva, dor e HGE
Salvador é feito de açúcar, doce, gostoso, mas não suporta água. Simplesmente se disfaz e tudo para.
Igual a mim. Difícil ficar doente, mas quando fico...
No momento estou em casa. O médico me proibiu de trabalhar pelos próximos 3 dias. Logo qdo chove como há muito não chovia.
Vamos voltar um pouco no tempo:
Há uma semana comecei a sentir uma dor nas costas. Normal, pensei. Tô ficando velho, não faço exercícios etc.
Passei o fim de semana prolongado meio de molho. Sem beber pra ver se os remédios faziam efeito. Ontem não aguentei mais e resolví fazer o que fosse possível pra poder andar novamente, mesmo que isso significasse, gastar todo o meu dinheiro num médico.
Reuní a família para uma decisão. Pra onde ir a procura da cura. Algo como aquelas decisões de pra que bar ir, só que com uma dor que me impedia de respirar direito.
Cabeça achava que o melhor era o COT, já pra Neto o HGE seria a melhor opção. Segundo ele, o hospital é muito bem preparado e de graça, já que eu não tenho plano de saúde.
Decidimos tentar os dois. HGE primeiro e se minha intuição estivesse certa, de lá correndo pro COT.
Pra mim HGE era o lugar natural pra onde eram encaminhadas as pessoas que tinham tido sua cabeça suprimida do corpo por algum motivo. Me imaginei no hospital, onde entre pedidos de licença, veria passar por mim, uma pessoa gesticulando sangue de onde um dia foram suas pernas.
Chegando no maior hospital da Bahia, ví que não era (ou não estava) nem como eu pensei, nem como Neto falou. As pessoas tinham cabeça, mas estavam morre, não morre do mesmo jeito. Existiam pernas, mas dos seus donos emanavam uivos que me fizeram relutar. A dor foi maior e eu persisti.
O problema mesmo foi a falta de coordenação. Ninguém sabia quem atendia o que, ou quem. Tentei travar diálogos com pessoas de jaleco, mas ouvia sempre um:
- Alí naquela sala. Como se eu fosse um imbecíl completo por não saber. Era como se todo mundo que tivesse alí era uma espécie de reincidente.
Quando enfim percebí que teria de persuadir (bater em) alguém pra ser atendido, não aguentei e saí de lá o mais rápido possível (2 ou 3 passos por minuto).
Drumond e Nílton, meus fiés companheiros de jornada, (a quem realmente agraceço a companhia) já me esperavam sob olhares de negação de Drumond.
- Eu sabia.
- Tá vamos pro COT. (cabeça mais uma vez estava certa)
Lá não foi tão rápido quanto eu pensei, mas pelo menos não tinha ninguém morrendo, o que foi determinante pra minha melhora.
Foi uma divertida tarde entre Raios X, injeções e macas. Voltei pra casa com uma receita e a indicação que a quase dor de parto que sentía, não era o que eu pensava (a morte lenta chegando). Era apenas uma lombalgia aguda (nome fresco pra dor muscular nas costas, o agudo foi pra ratificar que tava doendo pra caralho).
Passei na farmácia, fui pra casa e me entupi de remédio, um dos quais me alegrou bastante porque é a base de morfina e dá um barato legal, além de sono. Muito sono.
Ao fim, chegamos ao começo:
Não fui trabalhar hoje, amanhã também não vou. Hoje não parou de chover, amanhã provavelmente também não vai.
Resumindo: Salvador e eu estamos fudidos.
domingo, 3 de maio de 2009
Revista Veja grátis
Deixei de gostar quando percebi que ela queria me manipular.
Hoje ainda temos uma assinatura. Cabeça quer trocar por outra. Não sei no que vai dar, mas estou propenso a acatar a decisão, já que depois de 3 semanas de decepção com as matérias e sobretudo com as crônicas, parei pra contar. Das 160 páginas da revista, 84 são propaganda. Fechadas. Fora as meias páginas.
Se vc parar pra pensar, paga uma revista semanal pra saber as novidades da Vivo ou da HStern.
Realmente cabeça mais uma vez certa, vai ter o meu apoio. A Veja já deu o que tinha que dar.
sábado, 2 de maio de 2009
Tribos, bolos e reflexões.
Em uma das últimas reuniões de planejamento de evento que participei, falei uma coisa que causou comoção. Disse:
- Essa festa vai atrair muito gay e isso é perigoso.
- Óóóóóóó (foi como se eu tivesse dito que a mãe do patrão era puta. Pescoços quase se quebraram ao virar pra mim).
- Isso foi preconceituosso? (aquele tipo de pergunta afirmação)
- Foi (respondí)
- Vc não me parecia preconceituso.
- Deve ser porque eu não sou.
Explico:
O que eu quis dizer é que toda vez que se faz um evento pra um público muito específico, a chance daquela tribo se sentir atraída é igual a de todas as outras se sentírem repelídas.
É assim com os índios, os gordos, os feios, os albinos ou crentes.
Imagine uma festa destinada ao público acima de 150 kgs. Se vc tem menos do que isso, ou não se identifica com esse público, o que vc vai fazer lá? Por outro lado, se vc chega numa festa e tem 100 pessoas acima de 150kg isso passa despercebido.
Tribos tendem a levantar bandeira e considerar aquela festa, ou aquela casa como sua, porque se sentem a vontade alí. Isso é normal. Não sou contra festas direcionadas, muito menos contra grupos sociais, só acho que se for pra ser direcionada, que seja. Não aceito ser surpreendido por esse, ou aquele nicho de mercado, lotando ou repelindo lotação em alguma empreitada.
Tribos se odeiam em igual proporção ao que se diferem. Ninguém se sente bem em estar num local onde não se sente parte integrante dele.
E por falar em tribos, uma tem me chamado a atenção ultimamente.
Não uma, mas várias que se fundem em uma. A tribos dos bem afortunados. Vips, Ricos e etc.
Os VIPs
A tribo dos Vips é a única que tende a atrair mais do que repulsar outras tribos, ela também tem uma boa tolerância a outros grupos. Vips são cerejas, eles sabem que precisam do bolo pra serem especiais.
São geralmente compostos de artistas, jogadores de futebol e empresários influentes.
São extremamente difícieis. Não pegam fila. Apesar de chegarem religiosamente ao mesmo tempo.
Não suportam atendimento generalista, atendimentos pessoais e exclusivos são indispensáveis.
Consomem muito e não pagam nada, mas atraem mídia, glamour e consequentemente dinheiro, o que justifica sua permanência, ou mesmo passagem pelo evento.
Os Ricos
Se os VIPs são cerejas, os ricos são a cobertura do bolo. Se acham vips, não querem pegar fila e sempre usam o sobrenome de alguém que manda pra se sobressair, são em grande parte arrogantes e amostrados, se sentem diferentes, apesar de usarem por exemplo, as mesmas roupas:
Mulheres:
Se gostosas, roupas de grife curtas, coladas espalhafatosas e combertas de assessórios (piriguetes de luxo);
Se meeiras, roupas de grife, preta, média e com bastante assessórios;
Se barangas roupas de grife preta, comprida e com pouco ou nenhum assessório.
Homens:
Calça jeans de Grife e 3 tipos de camisa: Gola V muito cavada porque tá na moda, Gola Polo com números grandes, porque tá na moda e camisas com imensas gravuras da grife, porque essa nunca sai de moda.
O Bolo
Por último, a tribo do bolo. Querem estar perto dos vips e dos ricos e para isso se sujeitam a ser barrados na porta e esperar um amigo pra conseguir entrar;
Gastam todo dinheiro em roupas pra estar dentro do grupo;
Passam despercebidos e bebem a mesma cerveja a noite toda porque gastaram o dinheiro nas entradas, ou simplesmente porque não podem mesmo pagar uma long neck que custe mais de R$ 5,00.
Juntas, essas tribos formam uma massa consumidora poderosa e atraente, mas acima de tudo uma tribo;
Eventos direcionados a eles devem ser pensados pra eles;
Eles também repulsam outras tribos;
Eles também são perigosos, como os gays, os tocadores de tuba, os síndicos, os sadomasoquistas, ou os racionais do 3º milênio.
Afinal, é isso que as tribos fazem.
Potencializam aquilo que o ser humano é. Pro bem e pro mal depende da conveniência.