domingo, 26 de outubro de 2008

Eu também já fui fã, nunca tiete

E de bandas inomináveis, que foram do Legião ao Chiclete com Banana. Hoje sou fã de Paulinho Moska, mas me acho um bom fã.
Pra mim ser um bom fã é curtir o artista. Comprar CD, ir aos shows e se possível tirar uma foto ao lado.
Já um mau fã (ou tiete) enche o saco, quer que o ator faça a quela carinha do personagem, ou o cantor cante um trechinho daquela música que ele diz amar. Vamos e convenhamos lidar com tiete é chato pra caralho.
O artista não vive sem o fã e vice versa. É uma simbiose.
Mas...
Tem uns que eu vou te contar.
Sexta no show de Maria Rita ví alguns desses espécimes. Os caras ficam na saída lateral da concha, por onde saem os artistas, esperando pelo que eles pensam serem bichinhos interssantes.
Gritam, esperneiam e choram. Choram muito. Eu nunca chorei.
O que me fode não é o fato de eles quererem estar perto, mas o quando estão.
Tietes acham que é possível ser amigo do artista no primeiro contato e começam desesperadamente a falar coisas como:
"Vc é tão linda", ou "Menina como vc tá magra" e "aquela música tal é tudo".
Alguns ainda ousam mais:
"Menina como é que vc termina com aquele gato?". Porra. Vai se fuder, vc tem nada a ver com isso?
Acho que existe uma confusão. O fã convive tanto com o artista que confunde as coisas e acha que porque sabe muito da vida do idolatrado está autorizado a fazer perguntas de cunho íntimo. Falta de senso mesmo.
Podia ir lá e dizer: "eu adoro seu trabalho" ou "esse show é muito bom" sei lá, mas não, tem que ficar dando chiliquinho, pegando no cabelo e falando como se fosse íntimo.
Decididamente eu já fui fã, mas nunca fui tiete.

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