segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fomos agredidos

Nada foi como deveria ter sido.

Lá pelo meio dia, como de costume, a voz rouca me ligou, mas dessa vez havia um pesar em meio ao pigarro das bebidas do sábado:

- Eu não quero ser um peso na vida de vcs;
- Como assim, o que aconteceu?
- Lí seu post e não quero ser tachado de influência maligna;
- Tá, tudo bem, vai ser onde hoje?
- Eu vou trabalhar e não vou sair nunca mais no domingo com vcs.
- Tá, tudo bem, vai ser onde hoje?

Diante da minha não aceitação de que os dispautérios acima eram verdadeiros, me surge ele com novas e aterradoras pragas:

- Fiquem aí e assistam Fantástico e No Limite (nesse momento fiquei tenso e percebi que existia alguma coisa de realmente rancorosa no ar)
- Vcs vão ficar em casa na companhia de Didí e de Faustão (pronto. O alguém do outro lado realmente me desejou coisas odiosas e psico-purulentas)
- Mas jóvem o que aconteceu, onde está o amor entre os amigos?

Ele respondeu, mas eu não consegui entender. Fiquei alí, com o telefone na mão, imaginando eu e cabeça, no nosso sacrossanto lar, comendo macarrão com galinha em frente a TV e comentando sobre como as olimpíadas do Faustão (ou coisa que o valha) eram engraçadas.
Foi o momento mas tenso do meu mês.

O fato é que ficamos de nos falar assim que acabasse mais um turno de trabalho do meu amigo lavrador.

Desligo o telefone certo de que dessa eu tinha escapado.
Toca o telefone novamente. Era o capeta em forma de guri me ligando:

- Fomos alvejadas, agredidas, estamos transtornadas com tantos desaforos ditos pelo nosso desvirtuador em comum. |pausa| Nesse momento, como num filme em que se descobre o final no meio, eu percebí que o cão tem mais de uma face

|fim da pausa|.
- Ele disse que não vai sair, que vai trabalhar. Vamos pra empresa dele força-lo a se redimir (entenda como beber no local de trabalho do pobre demônio).
- Tudo bem, vamos sim.
Bateu uma maresiazinha básica e eu liguei pra dizer que não ia.
- É to com preguiça também.
Fim da história.


Nada


22:30, não, vc não enterndeu errado.
22:30 me toca o miserável. Acabei de trabalhar agora e vamos sair pra comer alguma coisa vai?
Ouço isso, sob risinhos da gangue maléfica que a esse momento já estava toda reunida pra "comer alguma coisa".

Não fui. Dormi com dificuldades, imaginando as conversas que surgiriam, mas hoje consegui levantar sem aquela vontade habitual de vomitar e percebí que existe vida além do velho se embriagar aos domingo. Tá tendo até post cedo...

Desejo com isso, uma boa segunda a todos, menos a vcs seres malévolos que foram beber domingo depois das 22:00.
A vcs, desejo uma azia arrombativa, um enjôo tempestuoso, um cansaço alquebrante e um sono, mas um sono que dure o dia todo, um sono que só vai passar a noite quando vcs deitarem e não conseguirem dormir por causa da dor de cabeça avassaladora.

Pronto. Acho que com isso vou me sentir melhor por não ter saído ontem.

Sem mais, subscrevo.

4 comentários:

Dexter disse...

Não entendi a relação do post com a foto da menina...
Acho que tô de ressaca.

Daniele disse...

Massss, sem as saídas aos domingos... o que vocês nos contarão? rsrs
Abraço

l disse...

A menina linda sou eu. rsrsrs

Vc perdeu, Pablo. Rapaz a água ontem foi duriiiiiiisima.

Tem gente passando muito mal até agora. Colocando o mundo pra fora.

Bjs

Marcele

Pablo Araújo disse...

Eu sabia. Sabia e sabia que ia acabar assim.